Pular para o conteúdo principal

Telhados.

Como seus pais se conheceram? Encontros encantados com o sol se pondo, glitter caindo ou coraçõezinhos voando são apenas em novelas e filmes. Já pensou que pode ter sido numa fila apertada e suada de um banco? Ou dentro de um coletivo lotado? Ou até mesmo numa tumultuada feira com cheiro de peixe cru? Quantas histórias bacanas surgem a partir de uma viagem de ônibus ou de um simples atravessar de rua, são momentos da rotina humana que muitas vezes deixa-se passar sem uma perfeita observância. As pessoas, se pensassem como poetas, não procurariam inspiração apenas em pores-do-sol, em céus estrelados, em flores desabrochando. Cada ambiente, cada situação traz consigo uma beleza admiravelmente oculta. O romantismo antiquado existente nas pessoas fazem-nas limitadas ás constantes e corriqueiras situações diárias.
Deixai de lado o sol, as flores e observai o quão belas e interessantes são as telhas, unidas uma a uma, de braços dados protegendo as moradias, mais próximas do céu, no cair da noite quando dorme toda a cidade, lá de cima enlaçadas na brisa suave, onde a lua lhes cobre com seu véu pálido, como são belos e mágicos os telhados.
É surpreendente pôr beleza onde aparentemente não tem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Just

Quando eu era criança eu abraçava as pessoas achando que assim podia sarar as suas dores. Os meus medos eram reais, embora não o fossem, porque pra mim eles existiam. Eu transbordava sinceridade, chorava e ria alto sem me preocupar se incomodava ou não, eu era fiel ao meu coração e a tudo que eu sentia. Eu brincava como se a vida fosse feita só de diversão, eu corria e minha energia nunca acabava e eu achava que podia correr até o fim do mundo. Eu não entendia porque as coisas eram tão complicadas, tudo era tão simples pra minha inocência! Eu era muito sensível e tudo me machucava muito, eu chorava pelas minhas dores e muito mais ainda pelas dores dos outros. Eu etendia muito mais as coisas e vida do que hoje...

II ato

O que eu tenho feito não tem sido nada jeitoso. Como eu tenho sido: nada proveitoso. O que eu tenho pensado: nada injusto. O que eu tenho querido: nada compatível. O que eu tenho decidido: totalmente confuso. O que eu tenho acreditado? Minha base, meu refugio, a razão pela qual eu me deixo silenciar, aquietar, recolher, permanecer, me recompor, lutar mesmo sem saber de qual lado da guerra eu estou... eu sei que pode parecer duvidoso e condenável, mas o teu cheiro ainda permanece em mim, e é por esse resquício de ti em mim, que eu rasgo meus descansos e meus suspiros, fazendo dos meus 'ais' impulsos para uma nova corrida, sem fôlego, mas... somente mas... é ele que não conclui a frase da fase que hoje respiro.

Chiara Badano, para mostrar que a santidade ainda é possível.

Em Sassello, gracioso e alegre vilagem do Apenino Ligure que pertence à diocese de Acqui Terme, nasce, no 29 de outubro 1971, Chiara Badano que os pais esperavam faziam jà onze anos. A sua chegada é considerada como uma graça da Madonna delle Rocche, a qual o pai recorreu com rezas humildes e confiantes. Chiara (Clara) de nome e de fato, com grandes olhos limpidos, com um sorriso doce e comunicativo, inteligente e voluntariosa, vivaz, alegre e desportiva, é educada pela mãe - através das parábolas do Evangelho– a falar com Jesus e a dizer-Lhe «sempre sim». É uma moça que ama a natureza e brincar, mas distingue–se desde pequena no amor para com os últimos, que cobre de mil atenções e serviços, renunciando às vezes a momentos de distração. Desde o perìodo da escola maternal ela deposita suas pequenas poupanças em uma caixinha pelos seus negrinhos; ela irà sonhar depois de partir para a Africa como médico para curar aqueles meninos. Chiara é uma garotinha normal, mas com algo mais: a...