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Ai de mim!

Ah, como cada dia eu me vejo mais parecida contigo, minha doce Teresinha! Mas longe de ti, trago apenas em mim a má índole que tinhas quando muito pequena, o desejo ardente por tudo, mas me acompanham também diferente de vós, o egoísmo e a posse. Meu coraçao não é puro como o teu, que tão prontamente se arrependia, como sou teimosa e cheia de caprichos, e se somente um deles não é satisfeito gera-se em mim tamanha raiva que não consigo controlar. Oh! Quantas vezes tentei controlá-la, mas me parece impossível, me boto a perder tudo que o bom Deus já realizou em mim e frequentemente me ponho em situações infantis (para meu profundo desgosto e melancolia) que fazem sumir aquela que conhece á Deus e busca tão somente a Ele, ficando apenas, eu mesma, e como me entristece ser eu mesma! Pudesse mataria para sempre á mim, e deixaria tão somente o meu Amiv tomar conta. Como me dói ver a minha maldade com meu Rei, e como eu destruo tão rapidamente as belezas que Ele carinhosamente me veste. Não é de se admirar que depois de reconhecer o quanto fui maldosa caia em profundo desvenecimento e me deixe sucumbir nas minhas mais profundas dores ocasionadas pelas tentativas frustradas de me deixar morrer por completo. Tão ruim eu sou e tão péssima é minha índole que na hora que me sucede os sentimentos ruins e as más atitudes já os reconheço como tais e mesmo assim prossigo deixando-os tomar conta de mim.
Minha doce Teresinha, que um dia meu coração seja como o vosso, que um dia o bom Deus, que nunca se cansa de mim possa tomar todo o meu coração com a santidade que só provém Dele mesmo.
Aqui fica o meu perdão, na certeza que farei ainda muitas vezes o que fiz.

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