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Mostrando postagens de maio, 2013

Just

Quando eu era criança eu abraçava as pessoas achando que assim podia sarar as suas dores. Os meus medos eram reais, embora não o fossem, porque pra mim eles existiam. Eu transbordava sinceridade, chorava e ria alto sem me preocupar se incomodava ou não, eu era fiel ao meu coração e a tudo que eu sentia. Eu brincava como se a vida fosse feita só de diversão, eu corria e minha energia nunca acabava e eu achava que podia correr até o fim do mundo. Eu não entendia porque as coisas eram tão complicadas, tudo era tão simples pra minha inocência! Eu era muito sensível e tudo me machucava muito, eu chorava pelas minhas dores e muito mais ainda pelas dores dos outros. Eu etendia muito mais as coisas e vida do que hoje...

children's actions

Ainda lembro a primeira vez que percebi que amar em atos exigia uma renúncia de nós mesmos pelo melhor do outro. Decidi dar os melhores pães que tinha a um mendigo que bateu á porta com fome, e depois vi que não teria outros pães pra comer senão os piores que restaram.

A dama saudade

Ela é alta e magra, uma silhueta desenhada á mão trêmula, tem ar pesado e seu gosto é amargo. Vê-la desanima e tocá-la dói, tal qual pele em contato com a brasa, ou coração entalado em uma garrafa. Nunca olha ninguém nos olhos, tem sempre o olhar por cima, pisa com cautela, mas ainda assim se ouve seus passos com clareza. Sua companhia é um impelir ás recordações mais doces,  aquelas guardadas com carinho no lugar mais bonito da nossa memória, são belas e transformam em beleza tudo á volta, beleza banhada com uma espessa camada de dor, mas daquelas dores que a gente chora sorrindo. As vezes a vejo e me encolho de temor, tento-a mandar embora, outras vezes simplesmente a deixo entrar, á vontade, entre senhorita Saudade, se acomode, coma e beba, pois se me visitas com intensidade e tantas vezes assim, é         porque o amor também vem muito aqui.                                              "Saudade, só chega quem amou" 
Dor que rasga qualquer sorriso, dor que confunde dor que resgata o sentido do que realmente faz sentido dor que impede se erguer que  não se pode compreender que zera qualquer querer O que aconteceu? fugiu do meu alcance? simplesmente desfaleceu... escapou dos meus dedos num só instante depois de tanto suportar, de enfrentar a razão e a emoção, de dar cara a tapa forte, fraca humana, sustentada, esquecida...não... sofrendo? sou o retrato da decepção Não há pior dor do que morrer e continuar vivendo