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2011

Ainda assim não há nada mais perfeito que passar a virada do ano em adoração. Ah que lindo! Só isso faz sentido...somente! E eu sei que esse ano vem carregado de coisas novas...


Hoje eu acordei com o barulho da janela
Dos sonhos que sonhei
e que agora não fazem sentido...
O som da solidão
soprou em minha porta
Eu perdi meu chão, até minha essência sumiu de mim
e o que eu mais amava eu não encontrava, talvez por não buscar...
Onde está a minha fé
e tudo que ela me dava?
Sem perder a razão
Ela me transformava
Eu não sou capaz de tudo compreender,
mas sinto que preciso achar Você
Vou voar pra muito mais além
do que eu consigo acreditar
do que posso perceber
Vou voar, pra muito mais além
do que eu consigo enxergar
do que eu posso entender
Vou voar pra muito mais além do que preciso, encontrar
a Paz que existe atrás do Seu olhar
O medo me tomou sem pedir licença
um vazio então ficou, sem Sua presença
e a água que eu buscava da minha sede eterna
eu sei a razão, faltou ao meu coração
Onde está a minha fé?
Sem perceber eu me perdi de mim
eu sei que eu deixei pra trás o que me equilibrava, agora tô assim, e quem pode entender?

Tu mais íntimo de mim do que eu mesma.

Se eu não Te achar?
A Luz que vem de Ti é tão linda, tõ envolvente, e eu a seguirei...
e vou continuar andando mesmo quando eu não mais a vi, quando a escuridão se expandir, e nem mesmo o chão eu puder sentir, continuarei caminhando, com os braços esticados e os dedos ansiosos por tocar-Te, e se minhas pernas falsearem, se eu ficar com medo, eu vou me jogar, sem nenhum reflexo, sem nenhuma defesa, eu vou me jogar, e eu tenho certeza que Teus braços vão me amparar. E Contigo eu vou, pra sempre...com a cabeça recostada ao Teu peito sentindo teu coração pulsar...

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Post feliz

Acordei cedo aquele dia, chovia muito, sorri. Senti um cheiro doce. Abri a janela, fui recebida por um vento frio, mas paradoxalmente ele aqueceu meu coração e agora me aquece todos os dias. É um arco iris em tons pasteis, uma grama verde macía, cheiro de casca de árvore, de tangerina docinha. Permaneceu no meu coração a luz sutil, nos meus dias e nas minhas noites claras a claridade do consolo, da voz tranquila, embalada em muito amor. Cura na dor. Paciencia na insegurança. Cuidado na permanencia. Amor e mais amor. É meu teto de estrelas, minhas paredes coloridas em aquarela. Areia branquinha, cheia de conchinhas, uma flor amarela. Um dia cheio de cor, ainda que o céu esteja cinza chumbo. Rafaela no mundo, é presente dos que não se espera, cria raizes no profundo, É fecundo. Frutos doces da cura, sorvete de chuva e mel, Alma pura, amizade de céu.

Vazio

Não entendo muito de luz, geralmente ela me deixa confusa...mal posso enxergar, nem fora nem dentro. Não suporto a escuridão, me falta o ar, o pulsar não. Meia luz me dá sono. Meio escuro me dá medo. Muita luz só serve se eu a direcionar, voltada pra mim só traz dor. A falta dela me leva em qualquer direção. Um céu escuro com milhares de estrela, um céu nublado com o sol bem escondido. O que me assusta é a ausencia ou a presença? Uma presença ausente ou uma ausencia que se torna presente.
Sentia o cheiro do sal, do mar, ouvia o som das ondas, sentia o sol beijar minha pele, o vento fazia dançar os meus cabelos. Não sei quanto tempo passou enquanto eu vivia, talvez 5 minutos ou 5 dias, estava serena e sentia paz, mas aos poucos ouvia um ruído que se tornava mais frequente e mais agudo, o vento gemia, abri os olhos lentamente, as ondas quebravam com força na areia, de repente a areia foi envolvida por uma corrente de ar que a fez girar e subir, pensei em levantar, tentar socorrer a areia ou talvez acalmar o mar, pensei em dizer palavras agradaveis para o vento, mas percebi que não fazia sentido, a natureza precisava ser e eu precisava me reter, dei três passos pra trás, sentei novamente, fiquei observando o caos, ele não precisava me envolver, voltei à minha serenidade.