No fim do dia não é muita coisa que importa. O que resta do dia que passou sou
eu mesma. Sorrisos, lágrimas, abraços ou solidão, tudo passa, seja ruim ou bom.
Eu permaneço, não interessa se a contra gosto ou não. Se o dia foi tranquilo ou
exigente. Sou eu, comigo e pra mim, e tudo o que eu queria era que fosse
suficiente.
Quando eu era criança eu abraçava as pessoas achando que assim podia sarar as suas dores. Os meus medos eram reais, embora não o fossem, porque pra mim eles existiam. Eu transbordava sinceridade, chorava e ria alto sem me preocupar se incomodava ou não, eu era fiel ao meu coração e a tudo que eu sentia. Eu brincava como se a vida fosse feita só de diversão, eu corria e minha energia nunca acabava e eu achava que podia correr até o fim do mundo. Eu não entendia porque as coisas eram tão complicadas, tudo era tão simples pra minha inocência! Eu era muito sensível e tudo me machucava muito, eu chorava pelas minhas dores e muito mais ainda pelas dores dos outros. Eu etendia muito mais as coisas e vida do que hoje...
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