Meus olhos estavam levemente cerrados, a descansar sua própria fadiga. Uma torrente de ar bagunçou meus cabelos e minha vida. senti a luz forte e quente no meu rosto, me fazendo despertar do meu adormecimento. Vi o caminho que se fazia à minha frente, feito de uma terra avermelhada, o imenso céu antes cinza, agora composto por uma aquarela de tons azuis, contornado por um leve lilás, o sol surgira, forte e intenso, senti um calor agradável, mas também senti minha pele queimar, acostumada com a sombra estava sensível à verdade da luz, não é qualquer um que podia acolhê-lo. Eu no entanto, mesmo sem saber se podia caminhar outra vez, me senti fascinada e aos poucos percebi que dentro de mim havia muita luz e calor correndo pelas minhas veias, me conectei, levatei, seguí, caí, não uma, nem duas, mas algumas e repetidas vezes, mas nunca deixou de brilhar sobre mim aquela luz. O medo deu lugar à confiança, esperança, de repente me sentí segura, a luz ilumina, mas também cura.
Quando eu era criança eu abraçava as pessoas achando que assim podia sarar as suas dores. Os meus medos eram reais, embora não o fossem, porque pra mim eles existiam. Eu transbordava sinceridade, chorava e ria alto sem me preocupar se incomodava ou não, eu era fiel ao meu coração e a tudo que eu sentia. Eu brincava como se a vida fosse feita só de diversão, eu corria e minha energia nunca acabava e eu achava que podia correr até o fim do mundo. Eu não entendia porque as coisas eram tão complicadas, tudo era tão simples pra minha inocência! Eu era muito sensível e tudo me machucava muito, eu chorava pelas minhas dores e muito mais ainda pelas dores dos outros. Eu etendia muito mais as coisas e vida do que hoje...
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A luz nos mostra a verdade. E que verdade linda a sua. Você é luz! Sal e luz!