Falta pouco, logo chegarei a praia, já posso sentir a brisa fininha e o cheiro do mar. A rua está vazia, só algumas folhas secas correm arrastadas pelo vento. Desço do calçadão e caminho um pouco, meio cansada sento e mil pensamentos passam pela minha cabeça enquanto desenho com o dedo indicador pequenos corações na areia. Fico observando o alegre movimento dos raios do sol dançando sobre a superfície da água. O sol já começa a dar-me adeus, e pinta o céu de lindas cores, como uma grande aquarela.
Levanto, sacudo a areia do short e caminho até o mar, as primeiras ondas que surgem, vem como se deslizassem sobre a areia. Tiro as sandálias e meus pés são cobertos pelo mar de um verde cristalino que permite ver através da água, quase enterrados, pequenos búzios coloridos.
A cidade é praticamente toda constituída desses casarões centenários, neles moraram ilustres famílias do século XIX. Fico me imaginando naquela época, vestida com aqueles lindos vestidos rodados, na sala esperando por meu esposo, para então sairmos para os bailes, onde dançaríamos juntos, e ele me falaria lindos poemas que decorara por toda a tarde.
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